A malária ainda é um grande problema de saúde pública em Moçambique. Em Moçambique, a malária é endémica e toda a população está em risco de contrair a doença. A malária é considerada o problema de saúde pública mais importante do país, respondendo por 29% de todas as mortes e 42% das mortes em crianças menores de cinco anos5. A maior parte do país tem transmissão de malária durante todo o ano, com um pico sazonal durante a estação chuvosa de dezembro a abril. Embora haja uma diminuição da mortalidade por paludismo nos últimos anos, a malária continua a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade. De fato, o relatório anual de 2015 do Programa de Prevenção e Controle da Malária no Ministério da Saúde declarou que houve um aumento de 6% na prevalência da malária desde o ano anterior. O resumo dos dados preliminares do IMASIDA de 2015 também relatou um aumento na prevalência da malária. Em 2015, a prevalência de malária em crianças de 6-59 meses foi de 40%, o que aumentou de 35% em 20116. Além disso, há um forte contraste na prevalência entre crianças de 6 a 59 meses em áreas rurais (47%) e urbanas. (19%) e as províncias do norte do país têm maior prevalência e morbidade da malária do que as regiões sul e centro. A Província de Nampula é uma das províncias mais populosas de Moçambique e caracteristicamente tem uma alta carga de doenças e pobreza. Tem uma alta prevalência de malária com 291 casos por 100.000 pessoas7, e em 2015 foi a província com o maior aumento na incidência de malária. “Netting Malaria” é um projeto administrado pela N'weti financiado pela Comic Relief para combater a alta prevalência e alta mortalidade da malária na província de Nampula, especificamente nos distritos de Nampula e Ribáué. O objetivo do projeto é aumentar a demanda e a qualidade da atenção primária à saúde nas comunidades afetadas pela malária, aumentar o conhecimento sobre as causas da malária, sintomas e medidas de prevenção e aumentar o comportamento positivo de busca de saúde. Os resultados esperados específicos do projeto são: • Maior conhecimento e conscientização das comunidades sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da malária, doenças febris e direitos à saúde • Maior adesão e acesso aos serviços de saúde para diagnóstico, tratamento da malária e doenças febris e; • Aumento da demanda dos cidadãos por serviços de saúde de qualidade e prestação de contas pelos provedores de saúde.